Fato 1 -Dia desses ouvi, na TV, um executivo de uma empresa
de tecnologia que criou um aplicativo para compras online explicar seu produto:
“Então a Tiazinha, que está acostumada a comprar na mercearia da esquina,
descobre que pode pedir online...” Tiazinha?
Fato 2 - Em um curso que fiz ano passado, dois jovens
profissionais de marketing comentavam sobre suas mães que, a seu modo, eram
influenciadoras digitais. Postavam seus “Bom dia” e mensagens positivas todos
os dias, sendo curtidas por todo seu grande grupo de amigos. “Que gracinha!” -
diziam eles, como quem aplaude um bebê.
Fato 3 - Há algum tempo, uma amiga se queixou de como uma jovem
atendente de uma instituição de ensino a olhou com descrédito quando ela quis se
informar sobre um curso de graduação.
Fato 4 - Mês passado Cris Guerra (@eucrisguerra) publicou um
vídeo puxando a orelha de Fábio Porchat sobre o episódio do programa Porta dos
Fundos que fazia graça com uma mãe de 57 anos e suas dificuldades com
tecnologia. Quem não viu, vale a pena.
Fato 5 – Antes da pandemia, estávamos várias amigas reunidas
e, conosco, a mãe de uma delas, mulher ativa de seus 80 anos. Em dado momento
da conversa nós, as meninas, fomos uníssonas num “Que gracinha!”, ao saber que a
idosa usava o WhatsApp...
Menosprezar a capacidade física e intelectual dos mais
velhos parece ser uma atitude comum nas gerações posteriores. Mas, como qualquer
discriminação, não deveria ser normal. É claro que o corpo já não reage tão bem
com o passar dos anos. Em compensação, as emoções estão em muito melhor
controle! É a dança da vida. E cada vez mais os seres humanos estão chegando
mais longe, em idade e adaptação às inovações. A longevidade ativa é assunto
relativamente recente no mundo ocidental e ainda estamos nos adaptando. Da
mesma forma, como todos os outros preconceitos, é preciso estar atento e aberto
a desconstrução destes padrões que excluem e distanciam. E, afinal de contas, chegar
à velhice é uma vitória a ser celebrada!
Curioso, que, às portas dos meus 60 anos, meu receio têm sido o enfrentamento em situações assim, como as que você coloca, além de outras piores. São coisas assim que atrasam o convívio entre gerações. Parabéns pela crônica.
ResponderExcluirSim, é verdade. Nao acho que devamos temer, nas nos posicionar. Acho que a nova geração perde, inclusive, oportunidade de negócios agindo assim.
ExcluirLu, paradoxalmente, eu não acredito, com toda a tecnologia e farmacologia disponível, que esta geração tão crítica sejam tão longeva e atuante...
ResponderExcluirRsrs Eu sou menos pessimista rsrs
ExcluirAmei Luciane. Eu aqui com 60 anos cravados já sinto o peso dessa discriminação. Parabéns por seu olhar atento.
ResponderExcluirSim. Ela nao é nova. O que é novo é nossa nova disposição de vida.
ExcluirParabéns! Ótimo texto, como sempre. Podemos observar no nosso dia a dia essa situação. Observo pessoas da mesma geração, por volta dos 80 que uns estão bem conectados e atuantes nas redes sociais e outros mal conseguem usar o celular.
ResponderExcluirSim e semore havera diferenças. Somos unicos, cada um lida de uma forma. Acho que é preciso estar atento para nao generalizar nem de um lado nem de outro. O velho respeito, sempre tao reinvindicado.
ExcluirNão encaro nada disto como discriminação ou ofensa. Tomo sim como motivação para mostrar que estão errados. Com meus 56 anos tenho mais vitalidade que muitos jovens e coloco isto à prova em todos os momentos que com eles convivo. Menos vitimização e mais ação seria a melhor resposta para uma geração de perdidos e sem força de vontade!!!
ResponderExcluirTalvez eu tenha passado uma ideia errada pra vc. Nao falo de vitimização. Acho que a proxima geração tem que ficar mais atenta ate para oportunidades de negocios, como nos casos que citei do empresário e dos profissionais de marketing. A população acima dis 50, de forma geral, investe em qualidade e tem o que investir. Ao leva-los a serio, esses profissionais terão seu respeito e fidelidade.
ExcluirNão encaro nada disto como discriminação ou ofensa. Tomo sim como motivação para mostrar que estão errados. Com meus 56 anos tenho mais vitalidade que muitos jovens e coloco isto à prova em todos os momentos que com eles convivo. Menos vitimização e mais ação seria a melhor resposta para uma geração de perdidos e sem força de vontade!!!
ResponderExcluirBom dia, com 71 anos me considero muito jovem de espírito e com força de viver muito mais aqui
ResponderExcluirQue otimo. Essa é a tendência daqui pra frente!!
ExcluirAdorei Lu. Também acho que devemos nos posicionar. Nós, maduros ainda temos que aprender e mais ainda,ensinar! 👏👏💪💪
ResponderExcluirAprender sempre é a melhor maneira de manter a mente ativa e jovem.
ExcluirMe sinto cada vez mais pleno chegando perto dos 60. É claro que o corpo já não acompanha a vitalidade da mente, mas tô gostando muito mais de mim agora.
ResponderExcluirA sociedade é craque em criar caixinhas e em nos classificar segundo esses padrões, o problema não é nem esse (embora não me agrade muito isso), o problema é caricaturizar e tratar de forma inadequada os diversos grupos.
Ótima reflexão.
Nao troco meus atuais 55 pelos meus 30. Hoje sou mais segura, mais auto-confiante, entendo melhor a vida.
ResponderExcluirSim, o grande problema é sempre o respeito, palavrinha que resolve muitos problemas da humanidade.
Eu tenho investido meu tempo em mais conhecimento. Voltei a estudar e sempre buscando me atualizar. Acho que estou me saindo bem. Vem nimim 5.7!!!
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